sábado, 4 de setembro de 2010

I - Carta para meu Amor

A palavra não dá conta,
Nem o gesto e nem o olhar.
Não há como o indizível ser conhecido.
A natureza, em sua grandeza,
Não revela criação a qual se possa comparar
O que existe, aqui em mim, por você.
E você, meu amor, nem nunca saberá
Porque por mais que te diga, te escreva, te toque...
A razão não compreende!
Talvez em lapsos de ímpeto e impulso,
Como no orgasmo ou num grito de raiva,
Nossas almas de fato se comuniquem...
E aí sim, nessa essência,
Acredito que essa coisa chamada amor
Se revela por completo.

Te respeito no sentido mais "religioso" da palavra, porque te amo a ponto de deixar-te ir se este for seu desejo e porque acredito no potencial que você guarda dentro de si. Mas também tenho por você a paixão efêmera e louca, que deseja tudo o quanto se pode; e a amizade, que torna a companhia entre os velhos tão prazeroza... Que cada segundo nosso, juntos, seja um sempre!

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